sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Dicas para fazer compostagem e dar destinação correta ao seu "lixo"

Uma prática recomendada e benéfica ao meio ambiente é a reciclagem de resíduos orgânicos, as empresas que produzem estes resíduos são obrigadas por lei a dar a destinação correta, já o "lixo" orgânico produzido nas residências geralmente são descartados para que a coleta seja feita por terceiros, nesse caso, alguns municípios já possuem coleta seletiva, outros não. 

Independente se na sua residência existe coleta seletiva ou não, a melhor forma de dar destino correto aos resíduos orgânicos é resolver o problema no local onde ele foi criado. Uma das melhores alternativas quando existe espaço suficiente é construir uma composteira, com isso, é possível transformar a maior parte do "lixo" orgânico em adubo de ótima qualidade.
lixo orgânico que pode virar adubo

Existem vários modelos de composteiras, mas para o processo de transformação dos resíduos orgânicos ser realizado com eficácia, é preciso entender e tomar cuidado com alguns detalhes, algumas informações importantes estão disposta abaixo e tem por objetivo auxiliar os interessados a ter sua composteira funcionando bem. 

a) Microrganismos: A transformação da matéria orgânica bruta em composto de boa qualidade é um processo microbiológico operado por bactérias, fungos e actinomicetes. Esses organismos precisam de condições adequadas para se multiplicarem.
b) Umidade: Fundamental a presença de água para o bom desenvolvimento do processo de compostagem. Entretanto, a escassez ou o excesso de água pode desacelerar a compostagem.
c) Aeração: A compostagem deve ocorrer por um processo aeróbio, além de mais rápida, não produz odores desagradáveis nem proliferação de moscas.
d) Temperatura: O metabolismo exotérmico dos microrganismos, durante a fermentação aeróbia, produz um rápido aquecimento da massa. Cada grupo é especializado e desenvolve-se numa faixa de temperatura ótima. Promover condições para o estabelecimento da temperatura ótima para os microrganismos é fundamental.
e) Relação Carbono / Nitrogénio (C/N): Os microrganismos absorvem os elementos carbono e nitrogénio numa proporção ideal. O carbono é a fonte de energia para que o nitrogênio seja assimilado na estrutura.
f) Preparo prévio da matéria-prima: O ideal é  encontrar um equilíbrio na granulometria não podemos utilizar partículas muito grandes e nem muito pequenas, é preciso que as partículas dos resíduos sejam grandes o suficiente para deixar entrar ar no meio da massa, porém, quando muito grandes elas fazem com que o processo seja mais lento.
g) Dimensões e formas das pilhas: Quanto ao comprimento, este pode variar em função da quantidade de materiais, do tamanho do pátio e do método de aeração. Já a altura da pilha depende da largura da base. Pilhas muito altas submetem as camadas inferiores aos efeitos da compactação. Pilhas baixas perdem calor mais facilmente ou nem aquecem o suficiente para destruir os patógenos. O ideal é que as pilhas apresentem seção triangular, com inclinação em torno de 40 a 60 graus, com largura entre 2,5 e 3,5 metros e altura entre 1,5 e 1,8 metros. Porém, quando a produção de "lixo" doméstico é pequena, deve-se adequar o tamanho da pilha, mesmo que a pilha não tenha o tamanho sugerido, o composto vai ser produzido, porém, o tempo deverá ser maior e pode ocorrer do composto não ter a mesma qualidade. Uma alternativa é utilizar minhocas e transformar estes resíduos em húmus.

O mais importante, é cada um buscar alternativas para dar a destinação correta para a maior quantidade possível de lixo produzida na sua residência, ou no seu local de trabalho, diminuindo a quantidade de "lixo" ou resíduos a serem coletados e destinados pela coleta pública.